MENSAGEM: Castigo atenuado.


Era costume o Raúl entornar o leite cada vez que mungia as vacas. Um dia o pai advertiu-o: "- Se voltar a entornar o leite, vai dormir no palheiro". Mas o Raúl, traquinas e distraído, numa tarde de ordenha, volta a entornar o leite. E desta vez, um balde inteirinho. O pai, irredutível, dita-lhe a sentença. O Raúl chora, reclama, mas apesar da mãe interceder por ele, vai dormir nessa noite no palheiro.

À noite o pai entrega-lhe um cobertor, uma lanterna e um lanche. O Raúl, com uns olhitos suplicantes, tenta demover o pai. Não serve de nada. O indicador estendido do pai aponta-lhe a cama - o palheiro. Lá há muitos ratos, cobras, muitos bichos. O Raúl tem medo. O pai quase se arrepende da sentença. O pequenito afinal iria ficar sujeito a muitos perigos. Mas castigo, é castigo. Palavra de pai não volta atrás. O Raúl tem que aprender a ser obediente, a ter cuidado.

E lá foi o Raúl com o coração a bater acelerado e de lágrimas nos olhos. Deitou-se receoso. Custou-lhe adormecer. Deu muitas voltas, espreitou muitos fantasmas, ouviu muitos ruídos. Mas o sono foi mais forte.

O Raúl dormiu mesmo no palheiro. O pai tinha sido muito severo. Só que, ao acordar no outro dia de madrugada, sentiu um corpo quente encostado ao seu. O pai estava dormindo ao seu lado.

No dia em que pecares certamente morrerás. Deus pronunciou a sentença e cumpriu-a. Nós fomos mesmo dormir no palheiro! Mas Deus, pelo seu infinito amor paternal, providenciou o nosso livramento.

Quando acordamos da nossa insensibilidade, alheamento e desobediência, damos conta que ele está dormindo ao nosso lado.

"Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento"(Mateus 9:13)



0 comentários:

Postar um comentário